quinta-feira, 21 de abril de 2011

Oficina de colagem e fotomontagem

Atualmente, projetos arquitetônicos e urbanos têm sido largamente representados através de desenhos técnicos e maquetes eletrônicas, elaborados com ferramental de AutoCAD, SIG, 3D StudioMax, Google SketchUp, Corel Draw, etc. As técnicas de colagem e fotomontagem para representação e conceituação de projetos e espaços urbanos e de arquitetura são utilizadas há várias décadas, muito antes da difusão de computadores pessoais, como o exemplo da Figura 1, de 1919.

Figura 1: fotomontagem com colagem de edifício ao fundo da imagem (projeto de Mies van der Rohe, Berlim, 1919).

Mesmo com o uso do computador e de softwares especialistas para edição de desenhos e imagens, a colagem e fotomontagem se mantém como técnica de representação e expressão gráfica. Diante disso, foi realizada (no dia 20 de abril) uma oficina de Adobe Photoshop CS5, proposta como atividade coletiva, na qual alunos e professores pudessem trocar conhecimentos sobre o uso do software e contribuir para difusão da técnica no conteúdo da disciplina. Abaixo estão links para acesso ao material (com dicas de ferramentas básicas) apresentado em aula e para a bibliografia sugerida para suporte do conteúdo:

Aula: Oficina de fotomontagem: Adobe Photoshop (apresentação em PPT)

CANTRELL, B.; MICHAELS, W. Digital drawing for Landscape Architecture: contemporary techniques and tools for digital representation in site design. New Jersey, EUA: John Wiley & Sons, 2010.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Apresentação do Levantamento Urbano

Para as aulas dos dias 12 e 19 de abril, foi proposta uma apresentação dos resultados da etapa de levantamento urbano, realizados através das visitas a Arroio Grande e analises nos dados do SIG da cidade. Para isso a turma foi dividida em 5 grupos de acordo com os temas: toponímia e evolução urbana, população e sociedade, ambiente natural, infra-estrutura e sistema viário, e uso do solo. Foi proposto, também, a criação de um blog para cada grupo, que podem ser acessados para mais informações. Mostraremos abaixo, um resumo das conclusões de cada grupo: 

1. Toponímia e Evolução Urbana - Grupo Elementos 

Arroio Grande foi historicamente um polo concentrador de pessoas vindas da área rural. Sua economia é marcada pelo cultivo de arroz, que tornou a cidade rica, porém a renda é mal distribuida. O PIB da cidade é alto, mas a renda familiar é baixa. Em relação a evolução urbana o centro histórico é a área mais preservada e privilegiada. Já a periferia encontra-se excluída, sem conexões relevantes com a zona central. Caba a nós buscar centalidades periféricas que agregam valora a esta região e estimulem sua valorizção. Nota-se que há um eixo principal na organização da cidade, este eixo marca duas situações, um vetor para a zona norte e outro para a BR, o que pode nos indicar uma hipótese de crescimento para a cidade. 

Evolução urbana + Toponímia.


2.População e Sociedade - Grupo Soluções 

O grupo apresentou índices de renda, concentrações demográficas, densidades, evolução da cidade. Levando em consideração os gráficos de prognóstico de crescimento urbano constatou-se que, embora a cidade seja pequena, apresenta positivos índices de crescimento populacional ao longo dos anos. Em relação a distribuição de renda os gráficos mostram que há uma grande concentração, visto que áreas de grande extensão de terra e com baixa densidade demográfica estão concentrando maior parte do PIB da cidade. Ou seja, a cidade é rica, mas o dinheiro está concentrado nas mãos de poucos. 

Relação renda média do setor censitário x densidade do setor censitário


3. Ambiente Natural - Grupo Bemcapaz 

A análise do ambiente natural deve servir como ponto norteador para as previsões de expansão urbana, na busca de um projeto sustentável e em equilíbrio. O grupo mostrou as divisões das bacias hidrográficas da região e como elas devem ser analisadas para a realização do projeto. Viu-se que os divisores de águas, áreas entre nascentes, são locais de grande potencial de crescimento. A delimitação das bacias serve de ferramenta para delimitação do sistema viário da cidade e indicam os locais propícios à expansão urbana. Na análise da vegetação nota-se que a maior parte da cidade é coberta por campos abertos e algumas áreas alagáveis, como na orla do arroio, que é contornado pela mata nativa. Em alguns pontos isolados encontra-se mata nativa e em outros mata plantada. Mostrou-se que a cidade tem pouca declividade e as maiores altitudes estão na zona norte. 

Mosaico ambiental + Curvas de nível da topografia + Sub-bacias hidrográficas e linhas de drenagem + Áreas alagáveis + Eixos viários

4. Infraestrutura e Sistema Viário - Grupo aCANHAdas 

Arroio Grande tem uma organização radial, em relação aos fluxos, mas, em contraponto, uma organização mais concêntrica da infraestrutura, como as redes de esgoto, a padronização dos pavimentos, ítens que são mais estruturados na área central da cidade. O sistema viário é composto por três avenidas principais, que formam um eixo de ligação do centro à BR e à cidade de Herval, essas têm características mais semelhantes. As demais ruas não apresentam uma hierarquia visível e estão sem padronização, encontrou-se diversos tipos de pavimentações como pedra irregular, saibro, paralelepípedo, asfalto, blocos de concreto e nota-se uma mudança brusca entre eles. 

Hierarquização de bairros: em vermelho, abastecido por todos itens infraestrutura e maior quantidade de equipamentos comunitários; em laranja, abastecido por todos itens, mas com menor quantidade de equipamentos; em amarelo, aqueles que não possuem 1 dentre os itens de infraestrutura analisados; em verde, aqueles que não possuem 2 ou mais itens de infraestrutura analisados.


5. Uso do Solo - Grupo Chatas de Galocha

Para a análise do uso do solo fez-se uma relação entre fatores como: localização, infraestrutura e equipamentos. O custo mais elevado do solo está na área central, porque é onde se reúne as melhores qualidades, é a área histórica composta pela maioria dos equipamentos urbanos, apresenta usos mistos, além de ser a zona mais homogênea e padronizada em relação à infraestrutura. Já as áreas mais distantes do centro, apesar de novas, são mais baratas, isso porque não mostram as mesmas condições que o centro da cidade, são áreas que tiveram um crescimento desordenado e sem planejamento. O grupo conclui que os órgãos públicos não demonstram grande interesse no planejamento do cresciment da cidade. Que se deu, até agora, espontaneamente e sem preocupação com a valorização das áreas. Viu-se, também, que outro fator articulador do custo do solo é a altitude do local, as zonas mais altas da cidade estão mais valorizadas que as mais baixas, já que essas são áreas com risco de alagamento.

Gif animado com a sobreposição dos mapas de Uso do solo, Custo do solo e Equipamentos comunitários.


Conclui-se que Arroio Grande está pedindo focos de interesse que levem a Prefeitura a investir e valorizar aquelas áreas que cresceram sem planejamento, mas por necessidade.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Oficina de construção de bacias

A cidade é possivelmente a obra humana que causa maior impacto na natureza e, sendo assim, a minimização desses impactos, de forma a agregar qualidade, tanto para a vida humana, quanto para o meio ambiente natural, torna-se requisito essencial em projetos e propostas urbanas (e arquitetônicas). Considerar atributos naturais na confecção dos projetos, tais como linhas de drenagem naturais e divisores de águas, adequando a cidade ao entorno e contexto que a circunda, tem sido visto com bons olhos pelo Urbanismo contemporâneo. 

Dinte disso, a demarcação de sub-bacias hidrográficas e o traçado das linhas de drenagem, que permitem auxiliar o profissional arquiteto e urbanista em suas decisões projetuais, foi objeto de oficina elaborada pelo mestrando Marcus Saraiva (PROGRAU) e pela graduanda Renata Vieira (FAUrb), que se basearam no tutorial abaixo para elaboração do material de aula:

LOPES, Luís. Tutorial para extração de linhas de drenagem e demarcação de bacias.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Unidade 1 - Levantamento: saída de campo [3]

Ontem, 05/abr/2011, a turma 2011-1 de P9 fez a terceira e última saída de campo para a etapa de levantamentos.

No turno da manhã, foram efetuadas [se necessária] complementações dos levantamentos anteriores, bem como fotografias panorâmicas do sistema viário da cidade de Arroio Grande. As fotografias panorâmicas [das vias locais, coletoras, arteriais e estradas, assim como dos variados cruzamentos entre elas] irão subsidiar a avaliação da Unidade II, correspondendo as propostas para o sistema intraurbano.

No turno da tarde, numa "indiada" de forma mais livre, a turma percorreu a zona rural da cidade em busca da Ponte Mauá e da Vila de Santa Isabel.

 


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Oficina de vídeos

A disciplina de Projeto 9 da FAUrb-UFPel tem utilizado, há alguns anos, a representação dos levantamentos (apreensão do espaço) e projetos através de produções audiovisuais. Esse tipo de linguagem, próxima do cinema ou do vídeo-clipe, ainda que de forma amadora, possibilita a inclusão de maior liberdade na expressão artística e criativa da sensibilidade, da poética, do discurso, da crítica, do humor, etc., nas apresentações dos alunos e futuros arquitetos e urbanistas, bem como a insersão da dinâmica e da tridimensionalidade na representação de projetos e propostas.

Abaixo estão links para download do material apresentado em aula, com dicas sobre montagem e edição de vídeo, assim como um tutorial para o uso do software Sony Vegas:


Tutorial do Sony Vegas 8.0, em português

Exemplo de vídeo realizado por estudantes do P9, em outra localidade por onde a disciplina já passou: